Quem está realmente apto a planejar, criar e desenvolver um website para uma empresa? Seriam as agências de comunicação ou as produtoras de Internet? Ou nenhuma coisa nem outra?
Sobrinhos à parte, todos sabemos que a maioria das empresas de qualquer mercado buscou desenvolver sites e ter uma presença on line para seus negócios há algum tempo. Na verdade há muito tempo as empresas estão na Internet. Não dá prá imaginar hoje em dia algum negócio que não tenha um site qualquer. Bom, se ainda há gente nesta situação, deve ser o tipo de pessoa que não tem olhos abertos para o mundo. Praticamente um alienado, um E.T.! Caramba, quanto preconceito. Bom, aproveito que estamos entre amigos de bits e bytes para este desabafo...
São mais de 700 mil domínios registrados na FAPESP. É um bocado de gente, um bocado de pessoas físicas e principalmente jurídicas que está presente na web.br, entendendo no mínimo que ter um site e um email com domínio relacionado a sua marca é essencial para manter uma comunicação e relacionamento de negócios com as pessoas.
Ter um site não é simplesmente ser cyber ou fashion (digo site para entendermos as muitas soluções on line que uma empresa pode ter como e-commerce, e-CRM, etc etc). Somos perto de 14 milhões de usuários da Internet aqui no Brasil, uma população maior que a da Grécia, ou maior que a do Paraguai e Bolívia somadas. Esta comunidade gigante que busca suas referências para consumo dentro da Internet é uma elite consumidora, mesmo se levando em conta os menores de idade, estudantes e incluídos por meio de programas sociais. Bom o que quero dizer aqui é que tem muita gente prá ser fisgada por uma empresa presente na web.
Mas o que as empresas tem feito para entender o meio e atender dentro da Internet? Muito leio, vejo, vivo e navego a este respeito. As empresas algumas vezes pensam por si só e desenvolvem “in house” seus websites com o departamento de informática e ou departamento de marketing. Outras desenvolvem com um fornecedor externo, como uma produtora de websites, sendo que esta pode ser de pequeno ou médio porte. As maiores, no entanto, procuram sua agência de propaganda e confiam a ela esta missão como parte do mix de comunicação. São muitas as variáveis que se enfrenta para a entrega de um site ao cliente que o encomendou.
O que vale dizer é o quanto é importante ter critérios bem definidos no momento de pensar seu e-business. Hoje em dia o caminho mais natural para a maioria das grandes empresas é procurar a sua agência de propaganda. Tenho visto algumas agências de propaganda que não conseguem há meses ter o seu próprio website no ar. Agências de grande porte, com faturamento astronômico. Não tem site e nem tem profissionais habilitados a atender nesta área, por mais multidisciplinares que se achem. E o cliente fica muitas vezes acreditando que o que lhe ofereceram é o que ele realmente pode aproveitar da Internet.
Sinto que é um dever dos profissionais de tecnologia/comunicação, afinados com o uso da web, orientar seus clientes para a aquisição das melhores soluções. Independente de onde este profissional estiver. Se dentro da agência de comunicação, se dentro da agência de marketing direto, numa produtora de Internet ou dentro do próprio cliente. Somos nós, “”galera sangue bom www” que podemos movimentar o mercado, criando as alternativas corretas para os clientes. Precisamos manter a atitude de nortear as decisões na área de tecnologia e comunicação para que seja implantada a melhor solução no mercado. Assim os resultados positivos das empresas dentro da Internet serão nossa melhor referência, nosso melhor case. Não dá prá colocar nosso “DNA de Internet” dentro de uma outra pessoa (nem com transfusão), portanto precisaremos de muita paciência para transmitir de forma clara, elucidativa, algo prático, que funcione e traga resultados.
Edson Romão Gomes é um dos pioneiros da Internet comercial no Brasil. Profissional de comunicação há cerca de 20 anos, Romão trabalhou como Diretor Comercial do STI BBS, que em 1995 transformou-se num dos primeiros provedores de acesso do mercado, o STI Internet. Com ações inovadoras conseguiu colocar a empresa entre as maiores do Brasil no setor, fortalecendo práticas usadas até hoje em dia por provedores de acesso e de serviço.
Responsável pela profusão do internet broadcast, inseriu dezenas de emissoras de rádio na internet, promoveu grandes transmissões de shows e eventos.
Com outros profissionais de permanente espírito empreendedor, fundou em Março de 2000 a Webforce Networks, grupo criador do hpG, que em 14 meses tornou-se um dos maiores fenômenos de audiência já vistos na Internet, chegando a terceira posição no ranking do Ibope NetRatings, a frente de grandes players do mercado.
Como um dos principais dirigentes das empresas de Internet no Brasil, Romão auxiliou a consolidar e organizar este mercado. É um dos fundadores da AMI, Associação de Mídia Interativa, ficando a frente da sua Diretoria de eventos por 3 mandatos. Também motivou a criação da ABRAWEB, que surge da sua constante busca pela união e qualidade dos profissionais do mercado.