RSS x Atom

RSS (Really Simple Syndication) é uma especificação para distribuição de conteúdo através de XML.Da mesma forma que o HTML que por trás da página faz com que o texto seja legível, o XML permite organizar dados de maneira estruturada. Se estes dados usarem uma estrutura padronizada, a informação pode ser lida por qualquer programa que entenda este padrão.

Você deve ter lido sobre RSS no artigo anterior, confira em “Feeds e RSS”.

Existe mais de um significado para o RSS. Com certeza, deveriam existir pelo menos mais uma meia dúzia de significados, mas considere apenas que RSS (Really Simple Syndication) é o nome da família inteira; Rich Text Summary é o nome atribuído à versão 0.9x e 2.x das especificações; e RDF Text Summary é o nome atribuído à versão 1.0.

Isto acontece devido a cisão do grupo original de desenvolvedores, cada qual partindo para o desenvolvimento de sua própria especificação. O resultado são diversas versões de RSS; todas elas estagnadas justamente no tempo em que começaram a ter sua utilidade descoberta e serem utilizadas em grande escala. O RSS, apesar de ser um padrão que tem tudo para ser confiável, provavelmente nunca o será em decorrência destas divisões, versões e estagnação. A perspectiva de atender as necessidades que surgem a todo momento para o seu uso dependeria de evolução e aceitação de novos padrões, o que se torna cada vez mais difícil. Pode-se dizer que para cada grupo que tentasse evoluí-lo, uma nova versão surgiria.

Havendo uma necessidade iminente, surge uma solução: Atom. O uso é o mesmo, a tecnologia muda.

Atom também é baseado em XML. É mais evoluído e foi criado por um grupo de desenvolvedores em cooperação. Apesar de ser muito popular na distribuição de feeds XML (conteúdo estruturado, que pode ser notícias, ou conteúdo de um blog), o RSS possivelmente cairá em desuso em pouco tempo. O Atom, por sua vez, por ser um projeto estável, é seriamente cotado para ser mais um padrão aceitos pelo W3 Consortium (http://w3.org)

O W3 Consortium é o órgão que regulamenta os padrões utilizados na Internet, desde essa página HTML, sua navegação, conexão, até o servidor de e-mail que recebe suas mensagens. Olhe o rodapé do site do W3 Consortium. RDF é um padrão aceito, mas RSS não, apesar do tempo que existe, mesmo que o utilizem para divulgação das próprias notícias.


Quem usa?

Qualquer um pode fazer uso destes padrões. É como um pequeno manual de caligrafia que te diz: escreva desta forma e todo mundo conseguirá ler o que está escrevendo. Se você coloca os novos tópicos do seu site pessoal em uma página Atom ou RSS, está fazendo a sua parte para distribuir o conteúdo entre aqueles que usam Agregadores (Programas que lêem e reunem as informações dos sites e disponibiliza no seu desktop, como um corta-caminho na sua navegação).

Entre os grandes, o Google está na frente. Atom foi o padrão adotado para oferecer aos usuários do Blogger.com meios de publicação de feeds. Além disso, o Google é a companhia mais empenhada em manter a Usenet viva, o histórico sinônimo para newsgroups, e não apenas mantém a estrutura web adquirida do DejaNews, como faz novas implementações. Já é possível receber artigos postados em newsgroups através de feeds Atom, por exemplo.

O Yahoo!, por sua vez, colocou à disposição o mesmo serviço de feeds para os usuários de seus grupos. Mas ao invés de Atom, utilizam RSS. O motivo da escolha é particular, pois se for levada em consideração a história do RSS, as chances de sobrevivência estão a favor do Atom. Isso faz os adeptos do Atom se vangloriarem, mas, além de entusiastas, existe muito conteúdo disponível em RSS para ser ignorado e por isso o RSS ganhe destaque no portal. O padrão Atom não completou 1 ano de existência. Outro recurso colocado à disposição no Yahoo! é a pesquisa avançada por termos em feeds RSS.

Disputas à parte, ainda existem aqueles que acreditam na união dos dois padrões. Enfim, as tecnologias já estão em uso e podem ser aproveitadas por qualquer um disposto a ter maior agilidade na leitura de informação.


Programas e serviços

Agregadores para Windows:

- AmphetaDesk: http://www.disobey.com/amphetadesk/
- FeedDemon: http://www.feeddemon.com/
- FeedReader: http://www.feedreader.com/
- Klipfolio: http://www.klipfarm.com/farm.php
- BottomFeeder: http://www.cincomsmalltalk.com/BottomFeeder/

Agregadores RSS para Linux:

- AmphetaDesk: http://www.disobey.com/amphetadesk/
- BottomFeeder: http://www.cincomsmalltalk.com/BottomFeeder/
- LiFeRea: http://liferea.sf.net/
- Pears: http://come.to/project5/pears

Agregadores para MAC:

- AmphetaDesk(http://www.disobey.com/amphetadesk/
- BottomFeeder: http://www.cincomsmalltalk.com/BottomFeeder/
- NetNewsWire: http://ranchero.com/netnewswire/
- NewsMac: http://www.thinkmac.co.uk/newsmac/
- Shrook2: http://www.fondantfancies.com/shrook/


Pelo menos dois navegadores trazem um agregador de feeds embutido: Mozila Firefox e Opera:

- Opera: http://www.opera.com/products/user/m2/rss/
- Mozilla: http://extensionroom.mozdev.org/more-info/rssreaderpanel


Sites Interessantes:
http://www.2RSS.com/
http://www.atomenabled.org/
http://www.apple.com/rss
http://news.yahoo.com/rss
http://www.google.com/webalerts



Colunista

Tabajara dos Reis

Tabajara dos Reis é desenvolvedor de sistemas. Começou a trabalhar com internet em 1996 no STI BBS, mais tarde STI Internet, adquirido em 1999 na maior operação brasileira realizada pela multinacional PSINet -- onde participou do desenvolvimento do sistema de autenticação, cobrança e atendimento com a missão de unificar todos os provedores adquiridos no Brasil.

Entre 2000 e 2002 participou da criação do hpG, o maior serviço de hospedagem e terceira maior audiência no Brasil, vendido ao iG em 2002. Entre 2003 e 2006 criou sistemas de comércio eletrônico, publicação de blogs, fotologs, músicas e vídeos, além de controles de hospedagens pagas e gratuitas.

A partir de 2006 criou sistemas proprietários para sites de relacionamentos, empresas imobiliárias, classificados, mundos virtuais, corretoras, jornais e agências. Atualmente está envolvido com desenvolvimento experimental de sistemas de busca de alta performance, aplicativos integradores de redes sociais e programação focada em Android. Participa da ABRAWEB desde sua fundação.



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