A gameficação está presente em diversas atividades comuns do nosso dia-a-dia, mas às vezes podemos não perceber que se trata de uma estratégia importantíssima no mercado de trabalho.
O conceito surgiu como uma alternativa para empresas e sites se aproximarem e manterem por perto seu público. Já existem muitos exemplos de sucesso, principalmente nas mídias sociais, e tudo isso deve servir de inspiração aos empreendedores e equipes de criação.
Com o aumento do uso de smartphones, tablets e acesso à internet, o contato com o usuário e sua experiência passam a ser cada vez mais importantes.
Mas afinal, do que se trata este novo conceito?
A gameficação é a aplicação das técnicas de jogos para qualquer tipo de tarefa ou processo.
Em um site que possui jogos, vídeos interativos ou até mesmo selos que podem ser conquistados diante de algum desafio, dão a ideia do que é e como funciona a gameficação.
A gameficação não depende de nenhum tipo específico de tecnologia ou processo. Ela nada mais é do que a reprodução de processos usados nos jogos para motivar e entreter os jogadores, sem que eles estejam de fato jogando. Visando, assim, obter engajamento que atinja as metas especificas do projeto.
Não existem categorias de gameficação. Praticamente em todo lugar onde temos tarefas, podemos “gameficar”.
Por exemplo, ao cumprir tarefas de casa ganhamos pontos e podemos trocar os pontos pela posse do controle remoto da TV.
Aquela placa de “funcionário do mês” é um exemplo de competição interna dos funcionários de uma empresa.
Algumas estratégias de gameficação aplicadas pelas empresas são bastante simples.
“Likes” em uma página, acúmulo de pontos e recompensas fazem parte do repertório.
Todas essas estratégias de gameficação trazem benefícios, tornando mais gratificante o processo para o usuário, passando sentimento de gratidão por parte das empresas.
Tratando-se de internet, sabemos o quão valioso pode ser um “like”.
Outro exemplo seriam os pontos que um usuário pode acumular em determinada loja, e garantir descontos para uma próxima compra ou a troca por brindes.
Esse processo tem como objetivo adquirir cada vez mais produtos, e com isso acumular pontos.
A ligação entre cliente e empresa torna-se bastante fortificada.
O investimento é alto?
Adequar um processo já consolidado para uma forma lúdica de fazê-lo é difícil e o custo é muito alto, mas o retorno é gigantesco. Pois um processo que já está rodando há algum tempo tem seus clientes fidelizados, e neste momento é necessário acelerar o processo.
Caso um sistema seja pensado desde o começo como sendo 'gameficado', o investimento não será tão alto e a velocidade de crescimento será acelerado.
Unir diversão e rotina pode tornar a imagem da marca algo espetacular e trazer resultados fundamentais. A gameficação permite às empresas essa proximidade com os clientes.
O Prof. Mauro Faccioni Filho, Dr.Eng., é colunista na ABRAWEB, e há mais de 10 anos é Coordenador dos cursos, na Unisul Virtual, de Sistemas para Internet (Graduação); Datacenter: Projeto, Operação e Serviços (Pós Graduação) e Design de Produto na Era Digital (Pós Graduação). É consultor em tecnologia e líder do Grupo de Pesquisa em Sistemas Complexos - SISPLEX - na Unisul.